My first pregnancy was very much wanted and planned, but I had some challenges from the beginning because of the cultural difference (I'm originally from Brazil), and the language barrier. My midwife was excellent in this regard, very patiently trying to guide me through the language and culture.
At 27 weeks pregnant I started to have protein in my urine and high blood pressure. At 38 weeks the midwife sent me from Queenstown to Invercargill for blood tests and possible delivery. From these tests I was diagnosed with HELLP syndrome, which is a rare but life-threatening condition that affects the liver, blood clotting/pressure, and can result in death of mum and baby. The doctors and nurses started to act quickly, and every time they tried to explain something about what was happening to me (HELLP syndrome), because of the language barrier I thought they were offering me HELP.
My blood pressure rose even higher and my baby's heart rate was dropping, so they took me for an emergency C-section. The doctors did not let my husband into the delivery room because there was a risk that one, or both of us, could die. They took the baby out and I was still sick, so they took our baby to my husband and told him to take off his shirt and put the baby to his chest because I couldn't do that.
I was mostly deep sleeping for the first two days because of the strong medication, so I didn't put on the first nappy, the first outfit, and it was my husband and the hospital midwife who held the baby to my breast so he could feed. I started having postnatal depression, which worsened when I got the medical reports from my maternity book to read. I found out I had HELLP syndrome, began reading reports and doing research. Finding out about what was happening, but not being aware that it was something so serious and that my son or I could have died, left me feeling helpless. I thank God, first of all, and those doctors who, regardless of language communication, did everything to save us that day.
A few years later I decided that I couldn't let what happened to me happen to other Brazilian mothers. I decided to somehow empower them to overcome the language and culture barrier for their well-being. It was then that I started doing antenatal groups with Brazilian pregnant women so that I could somehow help them with the language barrier, the English terms about perinatal, and so on. And this helped me to overcome my own story of postnatal depression. A few years ago I met Lívia Johnston, a Brazilian midwife from Balclutha, and she started to participate in these meetings to further our goal, where pregnant women can clarify their doubts with a midwife in their own language. After these meetings I kept in touch with them, even after the babies were born, for postnatal support.
Currently these groups happen through the agency I work with, Central Lakes Family Services, where Lisa Gear and I do these groups for Brazilians, and Lisa does them for all nationalities.
Luana
Minha primeira gravidez foi muito desejada e planejada, porém eu tive alguns desafios desde o início por conta da diferença cultural (eu sou originalmente do Brasil), e a barreira da língua. Minha midwife foi excelente nesse aspecto, com muita paciência tentando me guiar na língua e na cultura. Com 27 semanas de gravidez eu comecei a apresentar proteína na urina e pressão alta. Com 38 semanas a midwife me mandou de Queenstown para Invercargill, e após os resultados dos exames de sangue, eu fui diagnosticada com HELLP síndrome, que é uma condição rara, mas com risco de vida, que afeta o fígado, a coagulação do sangue e a pressão arterial; e a mamãe e o bebê podem morrer.
Os médicos e enfermeiras começaram a agir rapidamente e cada vez que eles tentavam me explicar algo sobre o que estava acontecendo comigo (HELLP síndrome), por causa da barreira da língua eu achava que eles estavam me oferecendo ajuda (help).
Minha pressão subiu ainda mais e os batimentos do meu bebê estavam caindo, então me levaram para uma cesárea de emergência. Os médicos não deixaram o meu marido entrar na sala de parto, porque tinha o risco que um de nós dois, ou os dois, eu e o bebê morressemos. Eles tiraram o bebê e eu continuei passando mal, então levaram nosso bebê pro meu marido e mandaram ele tirar a camisa e colocar o bebê no peito, porque eu não podia fazer isso. Eu estava a maior parte do tempo desacordada nos dois primeiros dias, então eu não coloquei a primeira fralda, a primeira roupinha, e meu marido e a midwife do hospital que seguravam o bebê no meu peito para que ele pudesse mamar. Eu comecei então a ter depressão pós-parto, e ela se agravou quando eu peguei os relatórios médicos do livro de gestante para ler, e eu descobri que eu tive HELLP síndrome, e comecei a ler todos os relatórios e fiz mais pesquisas sobre essa condição. Um sentimento inexplicável de desamparo tomou conta de mim, descobrindo que eu tive algo tão sério, e que eu e meu filho poderíamos ter morrido, sem eu nem estar ciente do que realmente estava acontecendo. Eu agradeço a Deus, primeiramente, e aqueles médicos, que independente da comunicação da língua, fizeram de tudo para nos salvar naquele dia.
Alguns anos depois, eu decidi que eu não poderia deixar acontecer com outras mães brasileiras o que aconteceu comigo, eu decidi de alguma forma empoderar elas a vencer a barreira da língua e da cultura visando o bem-estar. Foi então que eu comecei a fazer grupos de pré-natal com grávidas brasileiras para que eu pudesse de alguma forma ajudar elas com a barreira da língua, os termos em inglês sobre perinatal, e etc. E isso me ajudou a superar a minha própria história de depressão pós-natal.
Há alguns anos atrás eu conheci a Lívia Johnston, uma midwife Brasileira de Balclutha, e ela começou a participar desses encontros também, engrandecendo ainda mais o nosso objetivo, onde as grávidas podem esclarecer suas dúvidas com uma midwife, em sua própria língua. Após esses encontros, eu mantinha contato com elas, até depois que os bebês nascessem, para suporte de pós-natal.
Atualmente, esses grupos acontecem através da agência que eu trabalho, Central Lakes Family Services, onde eu e a Lisa Gear fazemos esses grupos para brasileiras, e a Lisa faz para todas as nacionalidades.
Luana